Tema: Sexualidade e Afetividade
Sexualidade
“Tudo é permitido, mas nem tudo me convém” (1 Cor. 6-12).
* Nesta passagem enfrentamos a falsa concepção de liberdade, extremamente permissiva em questão da vida sexual, o cristão deve discernir o que leva ao crescimento e à realização da pessoa humana. Fomos resgatados por Cristo para viver a liberdade, e não devemos nos deixar escravizar de novo, nem mesmo pelo próprio corpo.*
A sexualidade afeta todos os aspectos da pessoa humana, na sua unidade de corpo e alma. Diz respeito particularmente à afetividade, á capacidade de amar e de procriar e, de uma maneira mais geral, á aptidão a cria vinculo de comunhão com os outros. (CEC 2332)
Cabe a cada um, homem e mulher, reconhecer e aceitar a sua identidade sexual. A diferença e a complementaridade físicas, morais e espirituais.
A juventude e a sexualidade
Para a juventude de hoje a realidade da sexualidade se torna bastante complexa. Infelizmente o que o mundo oferece para os jovens de hoje é banal e desrespeitoso. Só se vê piadas, nudismo, orientações erradas, propagandas, revistas e filmes eróticos, pornografias e músicas indecentes.
A própria moda, a roupa que usamos no dia-dia, foi feita para explorar a sexualidade principalmente das meninas, como as mini-saias, calças, blusinhas, vestidinhos, tops, etc...
Contudo os jovens não se olham mais com carinho, eles se olham como objeto de prazer e de exploração sexual, e o amor que Deus ensinou e nos deu fica cada vez mais distante.
O ato sexual significa que cada um pertence ao outro livremente, será que podemos dizer isto no namoro. Nem no namoro e noivado, há um compromisso definitivo, por isso a ultima entrega que você deve fazer ao outro deve ser do corpo e somente depois do casamento.
Alguns fatos que podem ocorrer com os jovens que se entregam ao sexo antes do casamento:
· Gravidez não esperada;
· Aborto;
· Doenças veneras;
· Deixam os estudos;
· Responsabilidade familiar muito cedo;
· Falta de estrutura familiar;
· E o pior falta com os mandamentos de Deus e da Igreja.
Pense nisto e medite se vale à pena levar uma vida regrada ao ato sexual!!!
Problemas com a sexualidade
O trecho citado no começo (1Cor. 6, 12), é bem claro quando nos diz: “que nada pode nos escravizar”.
O homem foi criado livre, mas nem tudo é bom para ele.
“Como o alimento é bom para o estômago”, o sexo existe para o amor e “o corpo para servir o Senhor”. Nosso corpo é templo do Senhor e não pode servir a imoralidade. Esta mensagem vai nos ajudar a responder e ter uma visão cristã a respeito dos seguintes assuntos.
Masturbação: Sua prática é bastante comum entre os rapazes e moças, é um dos principais problemas enfrentados pelos jovens cristãos. Consiste em excitar-se sexualmente para chegar ao prazer sexual solitariamente. É muito ligado a imaginação e pornografia. Como agir diante desse problema:
Homossexualismo: É a união sexual entre pessoas do mesmo sexo.
É uma anomalia, porque a sexualidade, neste caso, não atinge seu verdadeiro objetivo. O ato do homossexualismo não deve ser aprovado pelo cristão, mais devemos receber as pessoas que por algum motivo vive desse ato, como irmão e tentar ajudar e não condena-los, pois devemos odiar o pecado e amar o pecador.
Prostituição: A pessoa torna-se verdadeiro objeto de prazer, vendem seu corpo para satisfazer o desejo sexual de outro, que raramente conhecem. A prostituição é um flagelo social. Envolve comumente mulheres, mas também homens, crianças e adolescentes (nestes dois últimos casos, ao pecado soma-se um escândalo).
Fornicação: É a união carnal fora do casamento entre o homem e mulher. É uma falta grave e fere totalmente os mandamentos de Deus e da Igreja e um escândalo quando a corrupção de menores.
V Castidade, Cristo nos pede!!!
Castidade significa a integração correta da sexualidade na pessoa. É um domínio de si, e a alternativa é clara: ou o homem comanda suas paixões e obtém a paz ou se deixa subjugar por elas e se torna infeliz.
Se você apanhar uma maçã
podre e comer, certamente vai fazer mal a você. Se você viver uma vida sexual antes do casamento, você só terá problemas e não alegrias.
Todo batizado é chamado para a castidade. O cristão “se vestiu de cristo” (Gal. 3, 27), modelo de toda castidade.
O dominio de si mesmo é um trabalho em longo prazo. Nunca pode ser considerado definitivamente adquirido. Supõe um esforço a ser retomado em todas as idades da vida.
Os casados são convidados a viver a castidade conjugal, já os namorados e noivos são convidados à viver a castidade na continência, ou seja, aguardando e reservando para o tempo do casamento as manifestações especifica do amor conjugal, com respeito mútuo de ambos.
Por fim, a castidade é uma virtude moral. É também um dom de Deus, uma graça, um fruto da obra espiritual. O Espirito Santo concede o dom de imitar a pureza de Cristo àquele que foi regenerado pela água do batismo.
V Afetividade
Afetividade, o que vem ser este sentimento, que na vida do ser humano é indispensável para nossa harmonia, sendo no campo familiar, escolar, trabalho, enfim em qualquer meio da sociedade.
É tudo de bom que posso sentir por alguém, é querer o melhor para o outro, também é a capacidade de experimentarmos sentimentos e emoções, como o amor, caridade, fraternidade, amizade e muitos outros.
Vejamos o que diz São Paulo à carta aos Romanos: (Rm 12, 3-6).
“A vida na comunidade cristã tem como exigência básica o abandono de ser o maior o mais importante, para se colocar com simplicidade a serviço dos outros. Todos que precisam de cada um, e cada um precisam de todos. A graça que Deus concede a cada um é o próprio modo de ser de cada um.”
Desde que somos apenas um feto, esperando para vir ao mundo, já necessitamos de afeto e somos dependentes de afeto pelo resto de nossa vida.
Mas existem pessoas que desenvolvem dentro de si barreira e medo de cativar e ser cativado. Porque isso acontece tão facilmente entre as pessoas e principalmente nos jovens. Será que a culpa é sua ou no meio em que convivemos?
Podemos citar alguns exemplos de barreiras que impedem os jovens de ser afetivos ou de aceitar a afetividade de pessoas que convivemos:
Falta de auto-estima: Por algum motivo a pessoa se fecha em seu mundo, por se achar inferior as outras: (por se achar feia, estar desempregado, pouca inteligência, etc.).
Narcisismo: Pessoa que vive em um mundo que só pertence a ela, tudo o que ela faz o que ela é, o que ela tem é melhor que dos outros. Busca sempre estar em evidência, sendo uma pessoa egocêntrica. Narcisismo vem do Deus grego Narciso, que recebeu um encanto para apaixonar pela primeira pessoa que visse, olhou para um lago e viu seu reflexo, morreu afogado pois apaixonou-se por si próprio.
Falta de amor a si próprio: Fazendo de seu corpo algo de desejo, usando drogas, praticando o aborto. Como pode alguém querer amar outra pessoa se não se ama a si mesmo.
O segredo de perseverar no amor ao próximo é saber diariamente recolocar-se no amor. O nosso corpo puxa para discórdia, a separação, o isolamento. Se não estivermos sempre atentos para reagir, combatendo até pensamentos contra nosso próximo, vamos nos fechando e nos isolando cara vez mais até ficarmos sozinhos no mundo.
A afetividade é um estado de afinidade profunda entre seres, capazes de originar sentimentos de amor, amizade, maternidade, paternidade, companheirismo, mas também sentimentos opostos como a ira, a insegurança, o ciúme.
A afetividade não esta necessariamente ligada à sensibilidade ou inteligência. Pessoas inteligentes e sensíveis podem não serem capazes de amar ou mesmo ter inconcebíveis níveis de violência.
Existem vários campos afetivos em nossa vida, podemos destacar as seguintes:
Familiar: Pai, mãe, irmão, etc. Onde vivemos a maior parte do nosso tempo, é o ambiente que mais é necessário a afetividade, pois é da família que nossa vida ganha um fundamento e tendo uma família afetiva transmitiremos afetividade para outras pessoas.
Escolar: com certeza onde convivemos com maior diferença entre as pessoas. O importante é cativar a todos usando da sinceridade e acima de tudo sendo você, e tratando todos com igualdade, ou seja, sem discriminação ou diferença.
“A história de nossa vida é como um bordado que fazemos a cada dia. Há pontos claros e escuros, de luzes e de sombras, com exuberância de cores ou com tons imperceptíveis; é a vida, com seus momentos de euforia de festa, de dor, ao lado de tempos de silencio, de oração, de paz, de luta. Cada ponto, cada nó vai se realizando e manifestando o outro que somos.
Na nossa vida, todos podem nos ajudar, mas só nós temos os fios, as cores, o dom de sermos único, original e diferente. Cultivemos nossa vida, a amizade, a harmonia, a convivência, a gratidão: assim seremos cada vez mais filhos, irmãos, e a nossa existência será mais feliz”.
